O peso de, sem ter de fazer o mínimo desvio no caminho, passar pela casa da amiga Blonde e não lhe fazer uma breve visita.
Opções escolares e académicas juntaram os nossos quotidianos durante dez anos. Partilhámos professores e colegas, apontamentos e intervalos de aulas, férias lectivas, almoços na cantina e milhares de viagens de autocarro. Testemunhámos o firmar das nossas personalidades e podemos ter tido uma ou outra arrelia, mas não me lembro de nenhuma zanga ou de ressentimentos em arquivo.
A Blonde foi o elo de ligação na fase de transição do meu pequeno mundo de vila para o mundo da cidade e a idade adulta. A sua presença, como referência do meu passado, evitou saltos bruscos e facilitou-me o correr da vida!
Hoje parei o carro em frente da casa dela e dei um pouco do meu tempo. Em troca, entre dois dedos de conversa, recebi umas boas dicas, um exótico café com canela e dois abraços!