terça-feira, 30 de novembro de 2010

E agora?!

Para não pensarem que por cá são só sucessos, aqui está a prova provada de um fracasso:

Com a minha mania de não pôr muito fermento na massa, saiu-me esta "bola achatada" meia crua por dentro e de tal modo empedernida, que amanhã já nem a conseguirei cortar à faca...
Perdi tempo, gastei luz, farinha e flocos de aveia, para NADA!
Bem sei que não é o fim do mundo, mas por acaso, alguém sabe de alguma utilidade que eu ainda possa dar a isto?

domingo, 28 de novembro de 2010

Luz & Cor

Num livro sobre tintutaria natural, no capítulo que fala da conjugação Luz/Cor li a seguinte frase, que por achar tão acertada, decidi partilhar.

" A Luz é a Espiritualidade da Cor e a Cor é a Corporalidade da Luz..."

Quem o disse foi  Al-kirmani  e de meu, o que posso dizer hoje, é que de forma a que estas cantarinhas de barro ficassem com um espírito mais alegre, lhes dei umas pinceladas de cor!







sexta-feira, 26 de novembro de 2010

criatiVIDAde


Há umas semanas encontrei impresso num jornal esta citação de Lyn Heward.
Por aqueles dias também tinha visto na TV, uma intervenção da Ex-directora do Cirque du Soleil, afirmando que as alturas de crise e dificuldades são úteis por trazerem ao de cima a faceta criativa das pessoas. Neste sentido, novas ideias que surjam nestes tempos, se bem orientadas, estarão destinadas ao sucesso e substituirão as até agora existentes. Pelo contexto, esta opinião não se restringia ao mundo das artes e do espéctaculo, antes estendia-se a qualquer actividade humana e na imensidão do pessimismo actual , gostei deste optimismo desconcertante.

Mas então, de que se trata, quando falamos de criatividade ?

Na minha perspectiva, a criatividade tem a sua origem no plano mental é a capacidade exclusivamente humana de inovar, causando alterações no meio envolvente.
Por vezes, parece fácil. As ideias vêem até nós instantaneamente, enquanto comemos, conduzimos ou até mesmo enquanto dormimos. Outras vezes, quando precisamos mesmo de uma boa ideia, por mais esforço que façamos, não encontramos a solução.
Julgo que este facto se prende com com a difícil compatibilidade entre criatividade e pressão, seja esta temporal (com a imposição de prazos, por exemplo) ou social (com os estrangulamentos ideológicos ou o medo da rejeição por parte de outros.)Tempoliberdade são pois, dois alicerces essenciais à sua manifestação.
Penso ainda que a criatividade não se delimita ao campo da arte dita consagrada; antes abrange todas as esferas da vida e cada qual poderá pô-la a uso como se sinta mais à vontade, isto é, podemos ser criativos com o que quer que seja: palavras e cores, paus e pedras, comida e roupa, fios e tecidos, espaços e formas, papéis e lápis...

Bem, mas depois de tanta teoria, o ideal seria pôr em prática as palavras de Lyn Heward e atrevermo-nos a experimentar...


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Merendar

Manhã chuvosa, tarde cinzentona  e borraceira; dia cheio de trabalho com reuniões e restantes deveres e afazeres...
Mais que merecido e apetecível, ao cair da tarde, uma chávena de café de cevada a acompanhar pão de trigo com queijo e azeitonas,


...a nossa merenda.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Ciência do Aproveitamento

Aprecio quem domina a arte de aproveitar e como considero isso um bom exemplo, procuro fazer o mesmo no quotidiano. Aproveito o verso de folhas de papel escritas de um só lado para rascunho,  as cascas da fruta para dar às galinhas, os excedentes de alguns guarda-vestidos mais exigentes, móveis  e utensílios de casas antigas e claro, quase todos os bocadinhos de tecidos!

Mas  este preâmbulo só vem a propósito, pelo facto de eu ter constatato que só tinha no frigorífico duas meias postas de peixe e o jantar para fazer.
Lá deitei mãos à obra!
Lembrei-me que tinha guardado a água de cozer o tal peixe, à qual juntei duas cenouras, uns pedaços de abóbora e mais isto




...deixei ferver, baixei o lume e ali ficaram os sabores a apurar, temperados com sal, azeite e um pouco de pimenta. Antes de triturar, acrescentei  umas folhas de hortelã, salva e alecrim que deram alguma originalidade ao sabor. Por fim, retirei as ervas aromáticas, triturei  tudo e juntei as sobras de peixe desfiado.

E foi assim que, à letra, fiz render o peixe... e do que não chegava para uma refeição se fez três!


E pelo meio, com alguns ingredientes, ainda houve um tempinho para "pintar" uma árvore !



sábado, 20 de novembro de 2010

Até à próxima!

Os primos foram de abalada. Havia que voltar a casa até porque o corpo já acusava algum cansaço.A jeito de despedida deixo-vos com alguns dos seus comentários,  apanhados aqui e acolá, ao longo desta compensadora jornada.

Primo Cardoso: "Aqui parece que estamos noutra época, noutro mundo...Parece que estamos fora do tempo!!"

Prima Fernanda (ao telefone):" (...) Já é de noite e ainda estamos  no olival! Já nem vejo se as azeitonas são amarelas ou pretas!...Olha, aqui não se vê ninguém! É só ovelhas, galinhas e patos!"

Prima Lena: "Apanhar azeitonas é como andar aos caracóis! Às vezes encontra-se cada magote!...Isto é  mesmo viciante!"



Bem, os primos foram-se embora...


...as sacas da azeitona foram para o lagar,




...mas as canas da Índia e o pano cá ficaram...



...até à próxima!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Trabalho de Equipa



A caminho do lagar passámos por um olival onde vimos uma grande máquina que fazia sózinha a apanha da azeitona. A colheita será muito mais rápida, mas tenho as minhas dúvidas quanto à inexistência de danos  causados nas raízes daquelas oliveiras tão velhotas...
Apenas um homem operava a máquina e sózinho ali passará o dia... não que eu tenha qualquer coisa contra estarmos e trabalharmos sózinhos, mas o certo é que o homem a trabalhar nesse olival, muito provavelmente não registará esses dias como boas recordações de vida.
Aqui, com os primos, podemos ser mais lentos na apanha, mas há outros ganhos:  o reencontro, o convívio, o contar das novidades das terras de cada um , o lembrar histórias antigas de avós e bisavós e as pançadas de riso a fazer doer a barriga ...

Trabalho com espírito de equipa, ajuda mútua, divisão do produto final e atribuição de tarefas segundo as  capacidades de cada qual, é mote  por aqui, onde todos são úteis...



                              
...as ovelhas Badalinhas tratam da folhagem dos ramos caídos...





...e até a Pata Gansa foi nomeada Encarregada Geral
  para controlar os trabalhadores.
...E ai daquele que páre um bocadinho: candidata-se a duas bicadas na cabeça!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Chegaram os primos!



Chegaram os primos para a apanha da azeitona!

Vieram de longe, sempre pela nacional e já chegaram pela noitinha. Trouxeram boa disposição, vontade de trabalhar, carnes assadas, carapaus fritos e atum para demolhar.Vindo meio preparados, os almoços fazem perder menos tempo...sim, porque Novembro já vai corrido e os dias são curtos!
A apanha começa às 8 em ponto. O Sol da manhã anima, e a carga de boa parte das oliveiras também!
No lagar dizem que azeite novo só daqui a um mês e o que dão pela quantidade de azeitona lá entregue parece-nos um pouco injusto, pelo  trabalho que é varejar as árvores, ripar a azeitona, separar as folhas, ensacar e transportar as sacas até ao lagar.

Mas deixemo-nos de lamentos: primeiro, porque não há  alternativa e segundo,  porque não convém gastar energias em lamúrias... é que amanhã há mais!!


:)



:)



:) :) :)




domingo, 14 de novembro de 2010

Romã, fruta da fartura

(A romã é oriunda da Ásia e símbolo da fertilidade humana e da Terra. É um excelente antibiótico natural, benéfica na prevenção das doenças do aparelho circulatório e eficaz na meia idade , para problemas da próstata e alterações hormonais femininas.)

Eu, no mercado, às compras:

_"Bom dia, Sr. Jaime. Hoje estou cheia de pressa e só preciso de fruta!"
_"Olhe, tenho aqui estas tangerinas mesmo boas...eram a dois e meio, mas faço-lhe a dois e vinte!"

Da mala tiro um dos sacos de plástico (que tenho o hábito de levar comigo quando vou "enfeirar" ) e entrego-lho. Enquanto o Sr. Jaime o vai enchendo de tangerinas, inspecciono as outras caixas na bancada da fruta para escolher outra variedade. Ponho os olhos numa caixa cheia de romãs sob a bancada. Estão coradas e risonhas, mostrando os seus baguinhos grená.
_"A como são as romãs?"
_" As romãs??!!...Essas não, são p'rás ovelhas... Atiro-as lá p'ra elas... Tá a ver, como estão abertas já ninguém as quer!..."
_" Eu cá gosto delas. Quanto é que custam?"
_"Não!... Se quiser leve-as. Eu dou-lhas!"
Insisto com o Sr. Jaime para ele me fazer um preço, mas ele teima em dá-las.
Descurando o apetite das ovelhas, baixo-me para as colocar num saco, que só não encho até acima para não abusar da vontade do vendedor.
Enquanto isto, é por esta e por outras que vou pensando, se a crise no nosso país é mesmo tão séria como apregoam por todo o lado...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Achados&Encontrados - Nov ' 2010

Muitas vezes temos encontros inesperados ou surpresas que são verdadeiros achados.

É o caso deste saco, um dos eleitos do mês.



Andava eu atarefada em arrumações quando me deparei com uma caixa cheia de panos. Começei a vasculhar por entre panos da louça, das mãos, pegas, rodilhas e aventais...e não é de dou com os olhos nesta preciosidade ?!
Tão simples (quanto o podem ser dois rectângulos de tecido cosidos, com uma bainha por onde passa um cordãozinho),  com um padrão tão incomum e com umas cores tão "bem casadas" que  imediatamente lhe resolvi dar ar, enquanto o resto lá permaneceu encaixotado.
De agora em diante o saquinho será  útil e o seu novo posto é junto à porta do quintal a guardar as molas do estendal!

 O outro eleito é este.

Um raminho de ervas que só aparece nesta época do ano.
Encontrei-as junto a um muro antigo à beira do caminho e foram as suas florinhas lilazes que me chamaram à atenção.
Fiquei contente por voltar a vê-las, até porque já nem me lembrava  da erva da azeitona.
Com o seu aroma inconfundível, também  há-de servir de tempero e apurar-lhes o gosto!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ObrigadaThankyouDankeMerciGracias

Não devo continuar a escrever sem agradecer.
Por boas intenções que tivesse, o "Dias às Cores" não estaria no écran neste momento se...

... a Blonde (do http://blondewithaphd.blogspot.com/) não me tivesse apresentado a blogosfera. Foi ela a dar as primeiríssimas voltas à manivela para que a máquina arrancasse. Considero a sua persistência, estilo de escrita e respectivo sense of humour, exemplares!
...se não tivesse descoberto o http://by-deva.blogspot.com/ , inundado do bom gosto da sua autora, Márcia Valbom que me serviu de inspiração para o género de blog que eu  um dia gostaria de ter!
...se a Sara e o André não tivessem sido os meus faroleiros na imensa escuridão que era a minha relação com fotos no computador.Eles ensinaram-me o que para a maioria são "favas contadas", mas  isto sem imagens seria muito sensaborão, daí terem dado uma ajuda preciosa!
Por último, obrigada à TV Marau (http://tvmarau.blogspot.com/), pelos incentivos e publicidade gratuita!

Para os cinco, sincerely grateful


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Com o Destino Traçado



Apanhadas à mão no fim de semana, cá está a primeira colheita do ano!
Hão-de ficar de molho em várias águas, ser escorridas e o tempo há-de adoçá-las!
 Por fim, um demorado banho de imersão com folhas de louro e casca de laranja há-de torná-las ainda mais apetitosas!
Já estou a imaginar que bom vai ser comê-las, temperadas com oregãos e alho, a acompanhar uns pãezinhos quentinhos feitos no forno da salamandra!

sábado, 6 de novembro de 2010

A Herança

A Avó, do lado da Mãe, tinha veia de artista!
Veio com a carga genética para o ser, mas o meio em que cresceu não contribuiu com a percentagem necessária.Não interessa...não fez mal, pois por dentro, ela era-o.
Ora, o trabalho dos artistas é criar e ela efectivamente criava aquilo que lhe fazia falta no quotidiano: em três tempos, com tábuas velhas e arames enfurrejados, construia um galinheiro; com meia dúzia de chapas de zinco amolgadas fazia um telheiro e um dia surgiu uma tenda a partir de um guarda-sol, com uma saia comprida a toda a volta. Havia ainda belos assados e guisados(nos quais nunca faltavam os grãos de cravinho) e as finíssimas batatas fritas às rodelas, cuja fritura lhe ocupava os serões em vésperas de passeios em família ou excursões de camioneta.
Grandes obras!
Contudo, a meu ver, foi já a partir dos 70 anos que algo nela se aprimorou, ou então talvez tenha sido o facto de ter mais tempo para si...e menos sono!
Nessa década dedicou-se entusiasticamente a juntar e coser trapinhos. Com eles  fazia mantas e almofadas, tapetes e cobertas.
Na altura vivia sózinha e acredito que terá passado longas e felizes noitadas na companhia de roupas velhas, da tesoura e da máquina Singer a pedal. Não precisava de mais nada para a sua arte. Não, engano-me! Havia outra coisa presente: o gosto pelo que criava!

Por toda a herança de trapinhos, pelas memórias que nos deixou e pelo afecto que continua a unir-nos:


Manta de Verão feita à mão pela Avó

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

THE REASON WHY

Para fazer nascer o "Dias às Cores" não vou fazer uso de muitas palavras.
 Apenas pretendo explicar  porque decidi criar-lhe uma existência e vou fazê-lo usando o video clip que se segue. (Achei curiosa e adequada a coincidência de ser também ele um video às cores!)

Fiquem pois  com a canção, não antes sem um brinde a todos os Nossos Dias às Cores e às Nossas Mudanças para Melhor!!!