sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sabe bem...


... vir até ao Alto Alentejo em Maio, quando o frio já se foi embora e os calores ainda não chegaram.
O ar rejuvenescido, as imagens singulares e a impressão contagiante do "parar do tempo" dão-nos vontade de sair para a rua logo pela manhã ou ao fim da tarde.


Afinal , nem é assim tão longe, mas é tão diferente...

... por isso aqui fica a proposta para um passeio de fim de semana, daqueles que nos retemperam as forças e com cores que nos lavam o olhar...

Se optar pelo primeiro fim de semana de Maio, e numa vertente mais cultural, poderá  inclusivé participar num passeio pedestre à cidade de Portalegre, grátis e orientado por uma guia da Câmara Municipal (Manhã de Sábado  - dia 7), que lhe contará a história dos principais recantos  da terra, a par de curiosidades da região.


( Rua do Comércio em Portalegre-  Foto retirada de anossaterrinha.blogspot.com)
  Nessa iniciativa encontra-se também incluída uma visita ao Museu das Tapeçarias de Portalegre.

Famosas em França e na Flandres, este género de tapeçarias tem uma história recente em Portugal que data de meados do século XX.  Nessa época, dois amigos, Guy Fino e Manual Celestino Peixeiro fizeram reviver nesta cidade a tradição dos tapetes de ponto de nó.
(Foto retirada de cafeportugal.net)

As Tapeçarias de Portalegre são manufacturadas a partir de um original de um pintor, transposto para outro suporte e a uma outra escala. A qualidade e técnica originais usadas, que espantam quem vai à espera de encontrar simples reproduções de obras de artistas plásticos,  já granjearam reconhecimento internacional.

(Foto retirada de portalegrecidadedoaltoalentejo.blogspot.com)
Uma interessante simbiose entre a tinta e o têxtil que os visitantes da cidade não devem perder!

(E por último, puxando a "brasa à minha sardinha", se não tiver ideia onde dormir, sugiro a nossa casa na zona histórica de Cabeço de Vide, que pode espreitar no arquivo de Março deste blog! )



terça-feira, 26 de abril de 2011

Ovos da Páscoa



Ninhada abençoada!
Os ovos eclodiram entre Quinta-feira Santa e Sábado Aleluia; dois não sobreviveram, mas estes quatro vingaram!
Cheios de vitalidade, dão pulinhos, arriscam esboços de vôos por entre a palha e debicam aqui e ali seguindo o exemplo da mãe, persistente no ensino!
Que modelo de mãe-galinha esta, a mais pequena da capoeira, mas a pioneira a chocar nesta Primavera!
...E que ninguém se atreva a tocar em nenhuma das suas "bolinhas amarelas", que ela de penugem eriçada, não se coibe de ferozmente as defender e proteger debaixo das suas asas!

Ai, ai!  Tivesse eu mais tempo e era capaz de passar horas a ver este espectáculo!...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

... e pronta!


 
Acabada e fotografada no Sábado Aleluia, mas com a desrotina da Páscoa, passei dois dias sem me pôr em frente do computador e só hoje vo-la mostro.



Que acham?!

Como "companheira" da mantinha, e com os mesmos tecidos, fiz este bonequinho de tamanho adequado para um bébé. É florido por trás...


e assim de frente!


Os olhitos são em feltro de lã e o focinhito bordado a ponto margarida e ponto cheio no próprio boneco, portanto à prova da natural curiosidade infantil!

Em breve coloco o conjunto na montra com mais detalhes!

sábado, 23 de abril de 2011

Continuando...

...a mostrar as voltas que leva a mantinha de bébé até ficar pronta...

"No último episódio", estava eu a coser os quadrados grandes uns aos outros. Essa tarefa está terminada e feita a parte da frente da manta.

De seguida, mede-se a peça obtida e corta-se o tecido escolhido para a parte de trás da manta, ligeiramente maior. Eu escolhi um algodão rosa pálido.


 
Com as mesmas medidas corta-se também o enchimento; neste caso optei por baeta 100% algodão que comprei na Arco Íris a Metro .
"Ensanduicham-se" os três materiais, o rosa pálido por baixo, o enchimento no meio e a peça em patchwork por cima e prendem-se com muitos alfinetes de dama, uniformemente colocados. Cose-se à máquina.

Segue-se o debrum.



Há que obter o perímetro da manta, cortar tiras que prefaçam essa medida e uni-las, cosendo-as à máquina.
Dobra-se a tira obtida ao meio (lado direito do tecido para fora), vinca-se com o ferro e alfineta-se em redor da manta.


Cose-se o debrum à máquina, junto à extremidade da manta, vira-se para o outro lado e volta-se a alfinetar todo em volta da parte de trás. E pronto, falta só coser à mão, com ponto invisível!



É o que vou fazer agora!
À tarde tiro as fotografias e logo venho cá mostrar o resultado final! ;)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Friends Will Be Friends


Esta última semana quente de Primavera fervilhou de vida e esgotou-me o tempo e as forças!

Foram muros para caiar; limpezas para fazer; as favas e ervilhas que amadureceram e tiveram de ser colhidas; as vacinas das ovelhas; os coentros a espigar e a pedir para serem picados e congelados; a casa da vila que teve que estar em ordem para hóspedes que chegaram... e amigos de lá muito atrás que pela primeira vez me visitaram aqui no Alentejo.
Há um ano e meio que não nos encontrávamos, e apesar destes serem daqueles que parecem que nunca mudam, há sempre TANTO para contar e partilhar!


O Rui e a Dulce são dois amigos de adolescência e juventude. Para além das vivências próprias desse período, com ele, tive um programa  de rádio sobre grupos musicais (O Rui é um expert em conhecimentos do tema) na  Oásis 106.4 FM - a rádio local - e, com ela, ocupámos alguns verões, trabalhando  na Comissão de Festas e organizando as festas da vila onde morávamos. :))

Fiquei acelerada  e alegre com a eminência da sua vinda e recebi-os com  um abraço de saudades e uma limonada fresquinha perfumada com menta.


Ao partir, levaram alguns pedacinhos de cá:  favas, ovos, alfaces e num vaso, uns pézinhos de hortelã-pimenta.

Por cá, ficou o rasto feliz que deixam as famílias unidas e que se dão bem, por onde quer que passem!


...Loved to Have You Here, My Vintage Friends!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vivendo e aprendendo


Apesar de já há diversos anos cozinhar soja, havia algo de muito "Elementar, meu caro Watson!" que me escapava!
Um pequeno truque que faz muita diferença no resultado final e que teve de me ser revelado por B+A=BA, caso contrário, não chegava lá!

De acordo com o modo de preparação indicado nos pacotes de soja, eu demolhava-a algum tempo antes, ou mesmo na véspera, e na hora de a pôr na panela, simplesmente escorria a água.
Ora, neste procedimento há um segredo a não descurar se queremos que a soja absorva os sabores dos seus colegas de tacho: é que para além de escorrer a água, há que APERTAR os bocados de soja com as mãos e ESPREMÊ-LOS COM FORÇA!
Assim, tal como uma esponja, sai toda a água e a soja (seja em bocados maiores, seja a granulada) deixa de estar saturada de água, o que impedia que tomasse os sabores dos demais ingredientes e condimentos!

Era lógico...porque não pensei nisso antes?!

Soja Guisada Com Legumes

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Fazendo...

No fim de semana comecei a terceira mantinha de Verão feita em retalhos.
É que a Páscoa está à porta e há que pôr mãos à obra, pois não gosto de falhar!
Então e como aqui também prometi, passo a mostrar o processo que sigo para a  sua confecção.

O primeiro que há a fazer é escolher os tecidos a empregar.


Desta vez optei apenas por dois tons, com motivos miudinhos.

Este é, a meu ver, o único momento que requer inspiração em todo o processo...há que conseguir visualizar mentalmente como conjugam as cores escolhidas na peça depois de pronta... é fazer um pouco de futurologia!
Por vezes faço várias tentativas de coordenações de tons, noutras (como aconteceu na primeira manta) olho para a minha vitrine dos tecidos, e tiro os certos logo à primeira!

Daqui em diante, e tal como em todos os trabalhos criativos, a peça evolui mediante esforço e concentração na tarefa!  É que por mais bonitas que sejam, todas as peças são o resultado de 95% de trabalho e 5% de inspiração!


A primeira fase do trabalho em si, consiste em cortar os retalhinhos. Eu uso tábua, régua de corte e cortador rotativo. Dão uma grande rentabilidade a esta tarefa.

Cortei 40 quadradinhos de cada tecido, cosi-os a par e cortei-os ao meio. Resultaram assim.


Depois "monta-se o puzzle". É que estes quadradinhos permitem criar diferentes efeitos, portanto há que dispô-los num padrão do nosso agrado.
Desta vez decidi construir quadrados maiores, e por agora é o que estou a fazer: a costurar na máquina os quadrados grandes...



...e mais não há...por  enquanto!...

sábado, 9 de abril de 2011

As cores dos nomes

(Rainbow - o 1º quadro que pintei no Alentejo-2006 - acrilíco)
Para mim, os nomes têm cores.
Teresa e Helder são  nomes amarelos; Carlos e Márcia, azuis; Cristina e Ivo, brancos, Mónica e Sofia, vermelhos e Rui e Bruno, pretos.
Como assim?
A explicação que intuo é que na minha cabeça haverá alguma ténue ligação entre os neurónios da visão e os da audição, que sem excepção me faz associar o som das cinco vogais do alfabeto a cinco cores distintas: o "A" é azul, o "E", amarelo; o "I", branco"; o "O", vermelho e o "U", preto...Depois, como as vogais estão presentes em todas as palavras, isso implica que também haja nelas, em especial nos nomes próprios, tonalidades de cor.

Porém, nem sempre a minha mente é linear; é que há nomes que têm mais de uma cor, por ex. Catarina, é azul e branco, Augusta, preto e azul escuro e João, vermelho escuro e azul escuro... e ainda estou para descobrir a que lógica obedece o facto de eu "ver" Fernanda e Alexandre em tons verde-água!

Será que há pessoas que "veêm" outras cores nos sons das letras? E haverá alguma ponta de verdade nesta associação, que para mim é tão clara como a água e tão certa como dois e dois serem quatro?!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Borragem dá coragem!


Até podem julgar que não conhecem esta planta, mas o mais provável é que simplesmente não tenham reparado bem nela, crescendo junto a muros, ruínas ou descampados. É uma planta com folhas verde-acinzentadas, oblongas e cobertas de pêlos brancos. Ao colhê-la (em particular, as maiores) nota-se que o caule é oco, mas o que dá mais nas vistas são as pequenas flores em forma de estrela e de um azul anilado, que desabrocham no início da Primavera.

Como servi-la no prato?
Podem picar as folhas, juntá-las às saladas e inclusivé colori-las com as florinhas azuis (comestíveis!).
O que desta vez optei por fazer foi fritá-la. No livro A Portuguesa de Nápoles de Enzo Striano, li que era servida assim, como petisco, numa taberna da cidade.

É fácil de preparar. Dividi a planta em pedaços e fiz um polme de farinha e água com gás ( não deve ficar nem muito líquido, nem muito espesso), onde mergulhei esses bocados que depois fritei por dois minutos, virando a meio.
Para acentuar o sabor, ao servir, molha-se o frito num pouco de molho de soja.


(Muito rica em cálcio e sais minerais, a borragem possui qualidades diuréticas, expectorantes e anti-inflamatórias)

...Ah, e  o porquê do título?
É que antes de partirem à conquista de novos territórios, os guerreiros Celtas bebiam infusões desta planta e borrach  (bravura), foi o nome com que a baptizaram !

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Anúncio

PROCURA-SE COMPANHEIRA



                        Quem que casar com o pato ganso,
                               que além de bom sentinela,
                               é bem parecido,
                               leal
                               e de feitio manso?

                               

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Colcha e Almofada para Berço


Decidi que até à Páscoa havia de fazer três, portanto cá está a segunda.

Com cores mais fortes e vincadas, e com um look muito campestre, esta manta ou colcha de Verão para bébé, é um tudo ou nada maior do que a primeira.

Para acompanhá-la fiz uma pequena almofada nos mesmos tons... não sei porquê acho que não devem ficar sózinhas...


Quanto aos materiais, exactamente os mesmos: algodões leves e baeta 100% algodão para o "recheio".
A almofadinha tem enchimento sintético anti-alérgico e a fronha é do tipo envelope para se poder lavar à parte.

Há-de aparecer uma terceira... e essa vou mostrar como a faço!

(Os interessados encontram mais detalhes na montra .)