segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Old sugar pots

Com Janeiro mesmo a fechar a porta, resta-me anunciar aqui o eleito do "Achados & Encontrados" deste primeiro mês de 2011.

Ora, num dos dias chuvosos que houve aqui atrás, enchi-me de coragem e "ataquei" um caixote enorme cheio de tralhas que tinha posto longe da vista, numa divisão sem uso diário. Penso que não é bom acumular coisas em casa, paradas, sem circulação, e estas já estavam esquecidas há tempo a mais. A intenção seria desfazer-me daquilo para que não antevisse qualquer utilidade ou pôr a uso o que se encaixasse na nossa vida.
Entre chapéus de palha, molduras,brinquedos e troncos de madeira com formas curiosas, lá descobri este açucareiro em alumínio, que bem me lembro de ver na casa da minha avó. Sem tampa, demiti-o da antiga função e agora serve como porta-talheres.
Estava bastante mais enegrecido, mas passei-lhe o esfregão de arame, a seguir um limpa-metais e... magia! Rejuvenesceu!


Quanto ao mais pequeno -um açucareiro também, mas com origem indeterminada e que eu usava para colocar os pincéis- foi igualmente promovido e tem-se mostrado satisfeito por conviver mais de perto com outro da sua geração!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Pêras com chocolate


Aqui ficam os passos que segui para fazer esta sobremesa de Inverno...quentinha!

Descasquei e cozi as pêras num tacho raso de água, juntamente com uma casquinha de limão e um gole de vinho do Porto. Cozem depressa, cinco a dez minutos basta para não se desfazerem.
Mudei-as para uma taça com o caldo por cima.
No mesmo tacho (sim, porque eu sou adepta de não sujar muita louça), derreti um pouco de pasta de chocolate para barrar (mas também deve resultar se juntar uma colher de manteiga, cacau e um pouco de água). Verti por cima das pêras e polvilhei com amêndoa moída.

Não desejo bom apetite, porque para isto não é preciso apetite!
Boa gulodice!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Em flor


O Sol dos últimos dias estugou-lhe o passo e os pequenos botões rosa da amendoeira estão a abrir em flor.
Em silêncio, debaixo da sua copa, envolve-nos o zumbido sereno de abelhas em deleitada azáfama e um véu pontilhado a rosa e branco.

A amendoeira fica a vinte passos da porta de entrada e há mais de cem anos que ali está. Enrugada e meia oca por dentro, não deixa de cumprir o seu ciclo: florir a meio do Inverno para deixar cair as amêndoas no final do Verão.
Sim, envelhecida e gasta, mas altiva e protectora.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Domingo de descanso

O repouso é um imunizador e um medicamento natural sem contra indicações. Evita e cura um sem número de dores, desiquilíbrios e perturbações.
Descansar periodicamente é extremamente salutar, até porque assegura posteriormente um maior rendimento na acção.

Há três formas de descansar:
  • Mudar de actividade, ou seja, alternar a actividade fisíca com a actividade mental.
  • Descontrair - deitados e imóveis, relaxar todos os músculos, libertando-os de tensões acumuladas.
  • Sono profundo
Foi neste último estado abençoado, que colhi de surpresa as seguintes personagens

Dogs


Depois de uma noite sempre alerta, dois dos guardas, aproveitaram uns raiozinhos de Sol para recarregar baterias...


Sheep

Diz a Ovelha Mãe: " Chiiuuu!...Não dêem balidos tão altos!...Eles estão mesmo quase a adormecer..."



Friends from earth


Após ter roído em volta as folhas da alface, este amiguinho, de pança cheia, deixou-se adormecer no local do crime!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bons hábitos


Não passa pela cabeça de ninguém pôr a funcionar qualquer máquina que lide com alimentos, ainda suja da utilização anterior. Uma trituradora, uma batedeira, uma máquina de fazer pão...
Foi pois com base nessa lógica intuitiva, que consegui incutir em mim, já há uns meses, um bom hábito: o de, ao levantar, beber um copo de água.
A água é o elemento base do corpo humano e todas as células necessitam dela no seu estado puro e natural.
Portanto, faz todo o sentido, pela manhã, antes de ingerir qualquer alimento e pôr as nossas maravilhosas máquinas a trabalhar, livrarmo-nos das impurezas que não vemos... e tomar um "duche por dentro"!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sabedoria chinesa


Não beneficiando na actualidade da melhor das reputações a nível internacional, não podemos ignorar o passado lendário da China. Foi percurssora em conhecimentos e invenções que se espalharam e empurraram para diante a história do mundo.

Mas a China tem alguma coisa a ver com a foto de cima: um pedaço de terra cheio de erva?
Tem sim. É que faz parte da antiga sabedoria popular chinesa o seguinte provérbio:

"Não é a erva daninha que mata a planta, mas a preguiça de quem não a arranca."

Pois bem, para que por estas bandas este ditado não vingue, e porque o tempo tem amainado nos últimos dias, tenho aproveitado para mondar as ervas da horta.
Com um pouco de trabalho o aspecto é logo outro!



As alfaces pequeninas para transplantar já podem abrir mais as suas folhas...

as couves "deram um pulo" e parecem agora maiores...

 
os coentros, tão atabafados que estavam, agradecem por poder respirar à vontade...




...e no fim ainda deu para plantar um  pé de loureiro!
Bem falta fazia por aqui!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Pausa para café




Com o carro carregado no regresso a casa, páro para não levar mais um peso: na consciência.
O peso de, sem ter de fazer o mínimo desvio no caminho, passar pela casa da amiga Blonde e não lhe fazer uma breve visita.

Opções escolares e académicas juntaram os nossos quotidianos durante dez anos. Partilhámos professores e colegas, apontamentos e intervalos de aulas, férias lectivas, almoços na cantina e milhares de viagens de autocarro. Testemunhámos o firmar das nossas personalidades e podemos ter tido uma ou outra arrelia, mas não me lembro de nenhuma zanga ou de ressentimentos em arquivo.
A Blonde foi o elo de ligação na fase de transição do meu pequeno mundo de vila para o mundo da cidade e a idade adulta. A sua presença, como referência do meu passado, evitou saltos bruscos e facilitou-me o correr da vida!

Hoje parei o carro em frente da casa dela e dei um pouco do meu tempo. Em troca, entre dois dedos de conversa, recebi umas boas dicas, um exótico café com canela e dois abraços!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Caixa de ferramentas

Na rua, quando passo junto a um caixote do lixo, geralmente abrando o passo para dar uma espreitadela, caso por ali se encontrem móveis ou outros objectos amontoados.Lá porque alguém se tenha desfeito deles, não quer necessariamente dizer que estejam imundos, podres e a cair aos bocados!
Foi numa dessas incursões que achei esta mala-faqueiro, uma das tais que as avós de há alguns anos insistiam em incluir nos enxovais das netas.


Agora que a necessidade bateu à porta, lembrei-me dela e dei-lhe uma nova cara. Com uma tira de tecido plastificado (que sobrou da mesa) forrei o exterior e com cartolina às riscas, a parte de dentro.



Foi o trabalho intenso de dois serões, mas valeu a pena pois fiquei satisfeita com o re-made. Cabe lá imensa miudeza, que assim já não tem desculpa para andar espalhada por aqui e por ali...E quando não preciso da ferramenta,  fecho a tampa e a gaveta e fica o assunto arrumado!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Galinhas em greve?


A democracia pode não ser um sistema perfeito, mas estou crente que é o melhor a que a humanidade pode, por enquanto, aspirar. E se numa organização democrática há deveres a cumprir, também há constantemente direitos a reinvindicar, em última instância, através do recurso à greve.
Pois foi exactamente isso, que pensei que estava a acontecer no galinheiro: há dois ou três dias que não encontrava nenhum ovo, logo as galinhas estariam de GREVE!
Imaginava lá eu porquê!
Já reparei que existem regras de capoeira, "relações sociais" entre elas, com o chefe galo e com a patroa (eu!) que lhes enche o papo; mas como ainda sou incapaz de descrutinar o significado de certos cacarejares, desde logo me resignei com a suposta paralisação...até que hoje, num montão de palha de milho, num esconderijo  muito bem camuflado, fui dar com isto!


Ainda bem que não há queixas do patronato!


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Omelete de urtigas

Elas têm muito má fama e são tidas pela maioria como "erva daninha". No entanto, já desde a Idade Média que são utilizadas na culinária escocesa e aquele seu famoso defeito: Ui que picam! é insignificante face às suas propriedades benéficas.
As folhas das urtigas têm um elevado teor de clorofila e ferro, benéficos para o nosso sangue, sendo anti-anémicas,diuréticas e desintoxicantes do organismo.

Felizmente, com a descida da temperatura e  o aumento da humidade, as urtigas renasceram e  hoje apanhei um molho para fazer esta omelete.


Cortei a parte inferior dos caules e mergulhei-as 2 min. em água quente (deixam logo de picar!). Frigi-as num pouco de azeite e por cima verti a mistura de ovos batidos com pão esfarelado. Fritei de ambos os lados e em pouco tempo o jantar ficou pronto!

Podem usar-se tal qual como os espinafres, cozem muito rapidamente e são grátis! Tenha apenas cuidado com o asseio da zona onde crescem.
Uma vez contei a alguém que as usava na sopa e prontamente comentaram que era "comida  de bruxa"...portanto use e abuse das urtigas, mas conte com o preconceito!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ano novo, mesa nova


Como não encontrava à venda nenhuma mesa que me enchesse o olho e não me esvaziasse a carteira, decidi, eu mesma, meter mãos à obra!
Primeiro comprei um par de cavaletes e pintei-os de branco. Dei mais umas voltas e consegui encontrar uma tábua resistente, exactamente com as dimensões pretendidas. À trincha, passei duas de mãos de verniz para fazer frente à humidade e a algum bichinho mais atrevido. Deixei secar bem.
Na dispensa encontrei uma película plástica, com a qual forrei a tábua para proteger de amolgadelas e numa visita ao IKEA, descobri este "pintarolas". É tecido plastificado à prova de descuidos e  de patas de cão mal educado!
À minha maneira, é esta a nova mesa de trabalho que uma pessoa só, facilmente monta ou desmonta...E quem sabe se também não há-de servir para um almoço primaveril ao ar livre?!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Noite velha, noite nova


Pela primeira vez desde que vivemos no Alentejo, decidimos sair de casa na passagem de ano.
Na região, a oferta de festejos não abundava e  como pessoalmente não me enche o olho esbanjar grandes quantias numa GRANDE ceia regada a champanhe, depressa optámos por passar la nochevieja em Badajoz, onde provavelmente, a festa seria mais espontânea.


Abençoados por uma noite de Inverno amena, passeámos por El Casco Antigo -zona histórica e comercial (tudo deserto e cerrado evidentemente!)-, subimos até à Plaza Alta (vazia!), atravessámos a ponte de pedra sobre o Guadiana, mas de  la movida nem sinal. Por sorte lá demos com um sítio para jantar,  numa mesa ao lado de um grupo de...Portugueses, o que é que se  esperava ?!
Faltaria cerca de um quarto de hora para a meia-noite quando nuestros hermanos  começaram a sair das suas tocas, de saco plástico na mão, encaminhando-se para el ayuntamiento. Ao som das doze campanadas havia gente por toda a praça e fogo de artifício no ar. Dos sacos sacaram o champanhe, as latas de uvas em conserva e a maioria não se fez rogada a um pézinho de dança! ...Nem nós!


Havia gente com amigos, gente sózinha, acompanhada pelo cão ou que tinha vindo em família. Gente vestida a rigor e outros pouco aprimorados. Novos e velhos, ali estávamos a celebrar o Tempo, que inexoravelmente nos empurra para a frente, sempre e a todos por igual!