Até podem julgar que não conhecem esta planta, mas o mais provável é que simplesmente não tenham reparado bem nela, crescendo junto a muros, ruínas ou descampados. É uma planta com folhas verde-acinzentadas, oblongas e cobertas de pêlos brancos. Ao colhê-la (em particular, as maiores) nota-se que o caule é oco, mas o que dá mais nas vistas são as pequenas flores em forma de estrela e de um azul anilado, que desabrocham no início da Primavera.
Como servi-la no prato?
Podem picar as folhas, juntá-las às saladas e inclusivé colori-las com as florinhas azuis (comestíveis!).
O que desta vez optei por fazer foi fritá-la. No livro A Portuguesa de Nápoles de Enzo Striano, li que era servida assim, como petisco, numa taberna da cidade.
É fácil de preparar. Dividi a planta em pedaços e fiz um polme de farinha e água com gás ( não deve ficar nem muito líquido, nem muito espesso), onde mergulhei esses bocados que depois fritei por dois minutos, virando a meio.
Para acentuar o sabor, ao servir, molha-se o frito num pouco de molho de soja.
(Muito rica em cálcio e sais minerais, a borragem possui qualidades diuréticas, expectorantes e anti-inflamatórias) |
...Ah, e o porquê do título?
É que antes de partirem à conquista de novos territórios, os guerreiros Celtas bebiam infusões desta planta e borrach (bravura), foi o nome com que a baptizaram !