A caminho do lagar passámos por um olival onde vimos uma grande máquina que fazia sózinha a apanha da azeitona. A colheita será muito mais rápida, mas tenho as minhas dúvidas quanto à inexistência de danos causados nas raízes daquelas oliveiras tão velhotas...
Apenas um homem operava a máquina e sózinho ali passará o dia... não que eu tenha qualquer coisa contra estarmos e trabalharmos sózinhos, mas o certo é que o homem a trabalhar nesse olival, muito provavelmente não registará esses dias como boas recordações de vida.
Aqui, com os primos, podemos ser mais lentos na apanha, mas há outros ganhos: o reencontro, o convívio, o contar das novidades das terras de cada um , o lembrar histórias antigas de avós e bisavós e as pançadas de riso a fazer doer a barriga ...
Trabalho com espírito de equipa, ajuda mútua, divisão do produto final e atribuição de tarefas segundo as capacidades de cada qual, é mote por aqui, onde todos são úteis...
...as ovelhas Badalinhas tratam da folhagem dos ramos caídos...
...e até a Pata Gansa foi nomeada Encarregada Geral
para controlar os trabalhadores.
...E ai daquele que páre um bocadinho: candidata-se a duas bicadas na cabeça!