sexta-feira, 26 de novembro de 2010
criatiVIDAde
Há umas semanas encontrei impresso num jornal esta citação de Lyn Heward.
Por aqueles dias também tinha visto na TV, uma intervenção da Ex-directora do Cirque du Soleil, afirmando que as alturas de crise e dificuldades são úteis por trazerem ao de cima a faceta criativa das pessoas. Neste sentido, novas ideias que surjam nestes tempos, se bem orientadas, estarão destinadas ao sucesso e substituirão as até agora existentes. Pelo contexto, esta opinião não se restringia ao mundo das artes e do espéctaculo, antes estendia-se a qualquer actividade humana e na imensidão do pessimismo actual , gostei deste optimismo desconcertante.
Mas então, de que se trata, quando falamos de criatividade ?
Na minha perspectiva, a criatividade tem a sua origem no plano mental é a capacidade exclusivamente humana de inovar, causando alterações no meio envolvente.
Por vezes, parece fácil. As ideias vêem até nós instantaneamente, enquanto comemos, conduzimos ou até mesmo enquanto dormimos. Outras vezes, quando precisamos mesmo de uma boa ideia, por mais esforço que façamos, não encontramos a solução.
Julgo que este facto se prende com com a difícil compatibilidade entre criatividade e pressão, seja esta temporal (com a imposição de prazos, por exemplo) ou social (com os estrangulamentos ideológicos ou o medo da rejeição por parte de outros.)Tempo e liberdade são pois, dois alicerces essenciais à sua manifestação.
Penso ainda que a criatividade não se delimita ao campo da arte dita consagrada; antes abrange todas as esferas da vida e cada qual poderá pô-la a uso como se sinta mais à vontade, isto é, podemos ser criativos com o que quer que seja: palavras e cores, paus e pedras, comida e roupa, fios e tecidos, espaços e formas, papéis e lápis...
Bem, mas depois de tanta teoria, o ideal seria pôr em prática as palavras de Lyn Heward e atrevermo-nos a experimentar...