segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Espargos selvagens

Antes de vir viver para o Alentejo não sabia identificar uma espargueira e jamais tinha colhido um espargo selvagem. No entanto, pouco tempo depois de cá estar, logo descobri que esses pequenos arbustos crescem em terras não lavradas e onde vingam melhor é à beira de muros antigos e de oliveiras retorcidas.
Neste fim de semana apeteceu-me tomar um banho desta invulgar luz de Janeiro. Agarrei num cestinho de verga e convidei uma das cadelas para ir comigo. Nem respondeu; pôs imediatamente as patas ao caminho, não estivesse ela convencida que a sua missão de vida é ser minha body guard...



Para apanhar espargos é preciso não ter pressa.
Tem que se olhar com atenção para a espargueira, pois os seus rebentos podem estar "camuflados" e depois cortar as pontas mais tenras. Assim, lentamente, vai-se compondo o cesto.
Desta vez andei cerca de uma hora e meia na colecta, mas valeu a pena porque consegui uma boa quantidade, da qual fica esta pequena amostra...

( Legume muito completo, rico em vitaminas, fibras solúveis, ácido fólico e protector do sistema cardiovascular)


Os espargos renderam dois jantares: no primeiro fi-los com ovos mexidos e no seguinte juntei-os a uma açorda simples. Frescos, deliciosos e revigorantes... destes duvido que os haja em qualquer restaurante caro da cidade...