quarta-feira, 23 de março de 2011

Matéria-prima


Se na província, no campo, há muito de bom, também é verdade que nem tudo é cor de rosa.
Quem sempre viveu em terras em desenvolvimento galopante do litoral e se mudou para uma pequena localidade do interior do país, sente na pele do  seu quotidiano algumas diferenças, tal qual tivesse viajado  na máquina do tempo, vinte ou trinta anos para trás.
Não paira sobre mim a menor sombra de arrependimento, no entanto por aqui é bem mais difícil encontrar as matérias-primas que uso nos meus trabalhos. Em Portalegre só há duas casas a vender tecidos a metro; uma vai fechar no final de 2011 e a outra não é visitada pelos fornecedores há mais de um ano.
Felizmente há pouco tempo descobri a Retrosaria do João e da Gina, em Estremoz onde ainda se encontra alguma variedade de chitas portuguesas, algodões lisos e estampados, fazendas e acessórios para costura.
Comprei algumas peças, lavei-as (como faço a todos os tecidos antes de os cortar, não vá dar-se a surpresa de algum encolher!) e pu-las no estendal a secar... Se já tenho os ovos resta-me fazer as omeletes!