Aos sacos de pano só ouvi chamar-lhes "taleigos" ou talêgos depois de ter vindo para o Alentejo. No Oeste e na zona de Lisboa nunca ouvi o termo; eram simplesmente os "sacos do pão, da farinha, do feijão ou do grão".
Entretanto chegaram os tempos modernos e substituíram-nos pelos sacos de plástico ou papel, que se comparados com os tradicionais taleigos feitos com retalhos diversos, ficam em tudo a dever à graça.
Há décadas era o que se usava para levar a merenda para o campo ou para guardar em casa alimentos secos e pequenos objectos. A meu ver, faz todo o sentido manter essa sua função utilitária; é que servem para pôr quase tudo, em especial aquilo que tem tendência para andar espalhado por aqui e por ali...
De hoje e até 5ª-feira, passo a mostrar-vos os quatro taleigos que fiz, destinados a uma loja em Mora, que vende pão alentejano, azête, bolêmas, quêjos e demais alentejanices.
Tenho a certeza que por lá, também os talêgos se hão-de sentir em casa!