segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Duas dicas

Uma ouvi-a da Zélia (sim, a das meias): "Sabiam que quando se unta a forma dos bolos, em vez de se pôr farinha, pode usar-se pão ralado?! A crosta do bolo fica mais consistente e crocante." 
Experimentei e gostei! ;)



A outra dica, contou-ma a minha mãe, ouvira-a também há pouco tempo.
Quando se tempera uma salada de legumes ou um prato de massa, deve dar-se prioridade aos condimentos ácidos, salgados ou picantes. Se os óleos gordos forem adicionados logo de início, criam uma barreira que impede os alimentos de se impregnarem dos restantes sabores. Faz sentido, não faz?


Resumindo, o vinagre vem sempre primeiro; o azeite, no fim.


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Transumância


Sábado, 6.50 da manhã.
Três pessoas prontas para conduzir vinte e seis ovelhas e um carneiro de um pasto para outro.
Contamos os vinte e sete. Estão todos, pode abrir-se o portão.
À frente, com um balde com duas mãos cheias de cereal, vai quem elas conhecem melhor; outro controla as alas e o terceiro vai atrás, a fechar a comitiva.


O maior cuidado é ao atravessar a estrada, à entrada da vila. Logo calhou vir uma carrinha que é obrigada a parar.
Entra-se na azinhaga que leva à propriedade. Cerca de quatro km feitos e chegamos. Correu tudo bem, nenhuma ovelha se tresmalhou.

Ainda só são 7.45 e pensava eu que íamos demorar toda a manhã... Afinal ainda tenho tempo de ir ao mercado de Alter, comprar peixe e ir ao cabeleireiro.



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Saco do Tricot


Hoje não tenho nada de especial para dizer.
Como já viram os preliminares, resta-ma apenas mostrar-vos o saco do tricot já pronto.


De tamanho médio, cabem lá dois novelos e seguro pela mão, vai comigo para onde eu quiser.
Escusado será dizer que entrou de imediato ao serviço!


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Na caixa do correio



Na semana passada, encontrei no correio estas duas meias de bébé... Preciosas! :)
Viajaram desde as Caldas da Rainha e foram tricotadas pela Zélia Évora, uma das mestras com quem aprendi a fazer meias de lã. São pequenotas e destinadas a aquecer os pés do P., o meu sobrinho de três meses.
Não as reencaminho de imediato para Faro; vão ficar cá retidas mais uns dias para me servirem de modelo ao tricotar as minhas primeiras meias de bébé. É que segundo o que vinha escrito no postalinho que acompanhava o presente,"os bébés merecem tias queridas"...

Para verem outros trabalhos bonitos da Zélia visitem o blog  Crafty Doula, e conheçam mais desta mulher com mani di fata ...and a generous heart !



sábado, 18 de fevereiro de 2012

Água de Fevereiro


É a que se arranja, porque a do céu não cai.

Tiro menos folhas às couves para dar às galinhas;
a água do banho dos patos-gansos é mudada menos frequentemente;
os rebentos de bróculos escasseiam;
o pasto das ovelhas minga e seca a olhos vistos;
gasta-se tempo a regar a horta no pino do Inverno,
e à despedida os dias coram como no Verão.

Houvesse quem me ensinasse as danças índias que atraem, abanam e espremem as nuvens, e eu dançava-as!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

It takes time...


A edição deste mês da National Geographic inclui um artigo sobre o patrulhamento de territórios da Gronelândia por militares de elite dinamarqueses. O meio de transporte usado é um trenó, puxado por treze cães.
Há equipas que preferem cumprir a missão, reduzindo ao máximo a carga e viajar "depressa". A desta reportagem contudo, optou por atravessar a terra gélida sem pressa. "A paciência e a precisão eram mais importantes do que a velocidade", decidiram Jesper e Rasmus.


Apesar de por cá as temperaturas estarem bem mais amenas, é essa mesma táctica que vou seguir na tarefa de acolchoar (isto é, almofadar, cosendo o tecido ao enchimento) o saco para o tricot, em curso.
Em vez de acolchoar à máquina, optei por me estrear em acolchoar à mão... e isso leva tempo, mas exercita a paciência e a precisão.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

João Gil e Represas

(Foto retirada de aeiou.caras.pt)

Um tem um look "meio índio", plácido, e a voz mais clara e arejada do repertório masculino português; o outro, com um encanto um tanto tímido, canta num tom mais fundo e é o contraforte de muitas das canções.

Fizeram, no último Sábado, no CCB, o concerto de apresentação do seu disco de originais e quando soube, por momentos, lamentei viver longe da capital, obrigar-nos a seis horas de viagem de automóvel e a uma noite dormida fora de casa, caso insistisse em ir ao espectáculo...Para mais, ainda em Novembro fui ao Coliseu ver e ouvir Trovante (...Pois, não é a mesma coisa, não senhor!)

Na Sexta-feira passou-me pela cabeça que estariam ocupados com os ensaios finais, e no serão de Sábado,  lembrei-me que estavam a pisar o palco e as suas canções ecoavam vivas no CCB... onde eu não estava. :((

Desta vez, agarrei-me à esperança de uma  nova actuação em sítio e data mais convenientes e fiquei-me pelo CD - prenda do Zé, logo quando saiu  :)) - que eu tenho escutado tanto, mas tanto, que temo que em breve se comece a esgaçar por excesso de uso.



Por fim, deixo o vídeo do tema Rouba Corações, um dos meus preferidos, e que abriu e encerrou o concerto de Sábado.Aqui fica para quem tiver 4 min. para ver e ouvir!


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Abafo


Cá está; pronta a usar já neste fim de semana frio, com previsão de "alerta laranja" para o distrito de Portalegre.

Simples de fazer: 80 carreiras de 90 malhas de meia, tricotada em agulhas circulares Nº 5.
Tricotei com os dois novelos em simultâneo - uma carreira com o fio de um, a seguinte com o fio do outro- e no final fiquei com um rectângulo.Cosi uma pequena bainha na orla de baixo e outra na de cima; depois foi só juntar as extremidades de lado e coser ao alto.


O pior foi mesmo o início. Fiz e desmanchei, fiz e desmanchei, fiz e desmanchei uma meia dúzia de vezes até conseguir uma alternância irregular das cores e acertar com o número de malhas por carreira. É que ficava sempre larga e tive que reduzir sucessivamente o número de malhas, pois queria-a justa ao pescoço


... Nada de dar abébias ao frio!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O Sr. que se segue


Com a gola em lã já na fase dos remates finais (aqui estará no próximo episódio), dei por mim a levá-la para qualquer sítio onde imaginava que teria um tempinho para a tricotar.
Punha as agulhas e os novelos num saco de plástico ou de papel e lá íamos nós.
Numa das saídas, enquanto tricotava no Centro de Saúde à espera de ser atendida, dei por mim a olhar para o saco e a pensar Que jeito? Uns novelos tão bonitos enfiados num saco tão... "só saco"?! Não, não pode ser!... Tenho que fazer um saco para levar o meu tricot à rua!
Comigo acontece surgirem ideias que não podem levedar e como tal, o tecido base já está escolhido, os retalhos também, e cortados à medida, uma vez que parte do saco vai ser em patchwork. 

Não vejo a hora de o ter pronto para ver se consigo concretizar o que tenho em mente, porém há tantos outros afazeres abelhudos a meterem-se pelo meio...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

De papo cheio


Numa conversa sobre galinhas, a páginas tantas, digo eu:


_ Praticamente todos os dias migo as sobras da cozinha, corto couves, junto farelos com pão demolhado e cereais para lhes dar.


Contrapõe outra pessoa:
_ As minhas só comem grãos de mistura próprios para galinhas...Elas não precisam de comer couves migadas todos os dias!!


Prontamente, rematei:
_ Ai, as minhas precisam!


E ponto final.



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Gola


"Parte do vestuário junto ao pescoço ou em volta do mesmo." 


É o que vai sair daqui, quando eu e estes quatro terminarmos o que andamos a fazer desde o início da semana.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Esparregado de urtigas


Acredite que assim não picam e tal como as nabiças ou os espinafres, também podem ser usadas neste acompanhamento nutritivo.
Antes de mais aconselho a apanhar uma boa quantidade. É que com a cozedura, o volume da planta  fica reduzido a um décimo...
Se costuma fazer esparregado, não vai aprender mais nada aqui; basta usar urtigas e cozinhar como habitualmente.
Se por um acaso raro, nunca confeccionou esparregado, ou se tiver curiosidade em saber como fiz este, então continue a ler.


  • Escaldei as urtigas em água com sal e escorri muito bem. (Aproveite a água para caldo de sopa...)
  • Numa tábua de cozinha cortei a planta aos pedaços.
  • Levei a lume 2/3 colheres sopa azeite com 1/2 dentes alho picados.
  • Juntei as urtigas, deixei saltear, mexendo. (Nesta fase costumo juntar um gole de vinagre -opcional-)
  • Fiz um polme com 2 colheres sopa de farinha e um pouco de água da cozedura das urtigas.
  • Adicionei ao preparado na frigideira, envolvi e deixei cozer suavemente até engrossar um pouco.
  • Depois de apagar o lume, perfumei com sumo de limão.

Se não revelar, ninguém dirá que são urtigas, believe me! ;)