quinta-feira, 28 de junho de 2012

Festival da Lavanda


No passado Domingo aconteceu em Castelo de Vide o primeiro Festival da Lavanda.
A coexistência de quatro factores "obrigaram-me" a ir. Primeiro, gosto imenso da planta; segundo, é sempre uma delícia visitar a vila judaica de Castelo de Vide; terceiro, queria experimentar a minha máquina fotográfica nova e quarto tinha esperança em encontrar à venda lavanda seca para fazer umas almofadinhas de cheiro para a roupa.


Na parte da manhã, no centro da vila decorreu uma simpática feirinha. À venda, alfazema e outras ervas aromáticas, produtos derivados, cosméticos naturais, doces e licores, gastronomia, livros sobre o assunto...
Entretanto, com o avançar da manhã e o termómetro a disparar recolhi-me num átrio dos Paços do Concelho para assistir a uma pequena conferência sobre o cultivo de aromáticas no nosso país, maioritariamente para exportação para um mercado em crescimento, onde se destacam os países do leste europeu.


Para a parte da tarde estava agendada uma visita à Quinta das Lavandas, um espaço  a nascer não muito longe da vila, no coração do Parque Natural de S. Mamede, onde em 2010 se iniciou o cultivo da planta em larga escala e que futuramente não só se dedicará à sua destilação/transformação, como abrirá as suas portas com a valência de Turismo Rural.
Enfim, um local perfumado, relaxante e pleno de encanto, ideal para recarregar energias...


Depois de passear pela quinta, a visita terminou com uma palestra sobre a alfazema. É calmante, descontraínte e uma infusão em chá de 15g da planta num litro de água tem efeitos muito benéficos sobre todo o organismo. Aposto que até por dentro ficamos cheirosos!!....

( E uma última nota para a Norma: Sabe que nesse dia e, porque sei do seu enorme gosto por lavanda, me lembrei muito de você!? Quem sabe se quando vier a Portugal em Setembro não a levo lá?!!  ;))





sábado, 23 de junho de 2012

Fotografia



Fecho esta semana turbulenta em que não houve hipótese de dar ponto nem nó, e que termina sem  quaisquer trabalhos para mostrar aqui, com a única - mas espero muito relevante- novidade que diz respeito ao "Dias às Cores": bought a new camera!

Já há mais de um ano que tinha essa intenção. No verão passado cheguei a ir a lojas procurar informações, ver tipos de máquinas, mas acabei por desistir, por simplesmente achar que it wasn't the right time e por não fazer questão de comprar uma máquina nova.

O que aconteceu há menos de duas semanas foi, numa conversa casual, descobrir que havia quem tinha uma para vender. A decisão da compra foi algo intuitiva. Certo é que me agradaram as fotos que vi tiradas por ela, o preço ficou acordado e porque de fotografia nada nunca aprendi, ainda tive direito a sessão de formação "de arranque" por parte de quem ma vendeu! So grateful! :)

Agora é comigo, tenho uma nova área a explorar, um manual de instruções para ler antes de dormir e nesta primeira fase cumpre-me familiarizar-me com ela no modus operandi automático, de forma a em breve, vir a melhorar a cara do blog!





terça-feira, 19 de junho de 2012

As meninas que eu gostava de levar à praia


Terminada mais uma "pequena fornada" de taleigos, levei-os à vila para os fotografar. Era minha intenção captá-los pendurados em portões, gradeamentos ou portas antigas. Ora estava eu exactamente a tirar esta foto quando alguém, curioso, se aproxima perguntando - O que é que estás a fazer?


Dei uma resposta simplificada, mas ela continuava curiosa e perguntou se também podia tirar fotografias. Acedi. Depois quis segurar nos taleigos e em vez das portas, foi ela, com bastante vantagem,o meu modelo de hoje à tarde.


Ela e a irmã, mais velha e um pouco mais envergonhada, brincavam no degrau à porta de casa.
Têm cuidado com os carros que passam, falam com um cãozinho que ladra dentro de uma casa e não deixam de cumprimentar todos os que descem e sobem a rua.



Acabaram as aulas na semana passada e têm pela frente três meses de dias iguais e quentes.


Disso não se queixam. Pergunto se durante as férias vão a algum sítio, mas abanam a cabeça.


Dizem-me que gostavam de ter um saco destes e perguntam-me o que é que se lá pode guardar. Explico-lhes, prometo-lhes um e também as fotografias reveladas em papel.


Por fim querem ver todas as fotos que tiramos. Riem-se, despedimo-nos com beijinhos e só então me lembro de lhes dizer o meu nome.


Tenho de me ir embora, está na hora de ir dar comer às galinhas! - digo.
Ah, tens galinhas?!... - pergunta-me com algum espanto.


Vou-me embora, mas hei-de voltar com o prometido.
Vou-me embora e levo uma semente de vontade de levar estas duas meninas à praia e vê-las contentes a dar pulinhos à beira de um mar raso e calmo. Mereciam...







sábado, 16 de junho de 2012

Borlas



Já eram quase onze da noite quando ontem me sentei a fazer borlas para a nova remessa de taleigos. Na verdade, dão outra graça às peças, são simples de fazer e podem aproveitar-se restos de linha ou lãs. 

Porque não cosê-las também nas bainhas de toalhas de mesa, nas extremidades de cortinas ou ainda ensinar as crianças e entretê-las em altura de férias?... Com mais uns nózinhos, até bonequinhos se podem fazer!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Amargo de coração

Em 2008 decidimos arranjar algumas ovelhas: cinco e um carneiro de raça Merino Preto para começar.
Porque não experimentar? Tínhamos espaço e pasto suficiente que dispensava despesas com a compra de feno ou rações...



O nosso amigo, Sr. Casimiro, que toda a vida lidou com gado, ajudou-nos a construir um abrigo provisório e orientou-nos de início, porém com o passar dos dias fomos aprendendo e inserindo as lides do maneio do gado ovino na nossa rotina diária. Soltamo-las para o pasto, recolhêmo-las e contamo-las todos os dias; quando é preciso curamos feridas, desinfectamos o cordão umbilical dos recém-nascidos, limpamos o ovil e os bebedouros, ajudamos na tosquia e na vacinação... Enfim, encaixamo-las na nossa vida e elas a nós, na delas.

Naturalmente, de ano para ano o número de animais multiplica-se e periodicamente há que reformar as mais velhas. 
Recentemente desfizémo-nos das quatro matriarcas do rebanho e por cá essas decisões nunca são tomadas de ânimo leve. À partida foram para bem, para as mãos de um senhor com intenção de fundar um novo rebanho...



Emocionalmente custou menos do que- inevitavelmente- ter de as vender para abate dentro de um ano ou dois, mas quando se foram embora ficou um vazio turvo e espesso que me deixou de coração atado, sem poder fazer mais do que me despedir delas até ao dia para lá dos dias, que na minha forma de ver o mundo e esta vida, é descabido ser um exclusivo humano.





terça-feira, 12 de junho de 2012

Manta de Verão em Patchwork




Conforme aqui tinha dito, levei a cabo a tarefa de reciclar três camisas do pai para fazer uma mantinha de Verão para o filho. Já está acabada e na altura em que escrevo vai a caminho de Faro.



Fi-la usando um patchwork irregular. Embora seja mais trabalhoso numa primeira fase, pois é preciso esquematizar cada parte ao centímetro, este é um patchwork que me atrai-me mais, pois dá à peça um aspecto mais rústico e espontâneo do que o patchwork regular feito a partir de quadrados iguais.


A parte de trás foi forrada com um tecido também leve, debruei-a e acolchoei à mão.
Os quadradinhos pequenos não estavam programados e só no final é que me lembrei de os aplicar porque a mantinha pedia mais "qualquer coisa". Tornaram-na mais divertida, não acham?


O Marauzinho já pode ir de pernocas ao léu dar as suas passeatas de Verão! Os bichinhos voadores já não o apoquentarão!

domingo, 10 de junho de 2012

Pão de arroz


Há dois ou três dias que tinha no frigorífico umas sobras de arroz integral cozido e não me ocorria  nenhum prato em que o pudesse usar. Pesquisei na Internet e encontrei esta receita de pão de arroz tão simples que  merece ser partilhada.
Este pão tem ar de bolo, mas resultou bem à primeira e pode ser feito com arroz  branco.


Numa taça grande, juntar 150 ml de água, 2 ovos2 chávenas de arroz cozido e bater. Adicionar 2 colheres sopa de óleo vegetal/azeite e mexer bem de novo.

Noutro recipiente misturar 1 chávena de farinha Maizena, 2 colheres de chá de fermento Royal, uma pitada de sal e incorporar bem na mistura anterior.
Assa no forno durante cerca de 30/40 min., em forma untada.


Barrado com patê de lentilhas e umas fatias de queijo, bastou para o nosso jantar!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Reciclar

Quando cá esteve com o seu bebé, a minha irmã manifestou a intenção de lhe arranjar uma manta de Verão. Dá jeito ser só mesmo um pano leve, simples para o tapar nos dias e noites de calor algarvio, disse.

Disponibilizei-me para lha fazer e andava há dias a dar voltas à cabeça tentando encontrar os tecidos adequados, até que esta tarde,-enquanto arrumava um saco com roupa usada e restos de tecidos que ela me tinha trazido- dei com três camisas para reciclar, do pai do Marauzinho.
A minha mente pôde então sossegar.Por todos os motivos e mais algum this was exactly what I was looking for!





terça-feira, 5 de junho de 2012

Estreia


Nunca na vida fiz licores, ninguém da minha  família alguma vez os fez e jamais vi alguém fazer.
Acontece que alguém viu aqui no Dias às Cores, que eu tinha rosas e andava a colher pétalas. Pediu-me que lhe arranjasse algumas flores para fazer licor de rosas. Para começar, bastava pô-las em aguardente durante três meses e a cor e o aroma das pétalas seriam absorvidos pelo líquido.
Tentei imaginar o resultado: demasiado bonito e perfumado para eu não querer experimentar também.
Deste, lá para o fim de Agosto dou notícias.


Entretanto descobri umas amoreiras "públicas" no centro da vila de Cabeço de Vide. Estão nesta época a frutificar e em meia hora apanhei uma boa quantidade de amoras pretas e brancas.
Desconhecia a última variedade, julgava que eram das vermelhas, só que ainda imaturas. Não!! Apanhe daquela árvore ali que tem amoras brancas... são maiores e mais doces ainda! - aconselharam-me e esclareceram-me.
Trouxe-as para casa, lavei-as e pouco depois já estavam mergulhadas na aguardente.


Restavam-me dois litros de aguardente. Um está predestinado a uns abrunhos silvestres arroxeados que aparecem a meio do Verão, mas o outro deu as boas vindas a três laranjas cortadas aos pedaços, que por lá ficarão a "marinar" cerca de um mês.



Guardei em lugar escuro e vou agitando regularmente. Ainda desconheço as fases seguintes. A troco das pétalas de rosa, hão-de dizer-me o que hei-de fazer.

domingo, 3 de junho de 2012

De taleigo em taleigo


Foi nisto que passei a última semana. Terminei-os quase a contra-relógio para conseguir fazer a entrega na data combinada.


À azáfama subtraí uns escassos 10 minutos para as fotos e se as quis fazer, tive que esquecer esmeros fotográficos e outras cerimónias...


Saí do atelier com eles acabados, mas ainda por passar a ferro (como se nota!), pendurei-os nos primeiros sítios possíveis que encontrei e disparei três ou quatro fotos da cada.



Tenho esperança que esta semana seja mais calma.
Espero apenas, não aposto.




sexta-feira, 1 de junho de 2012

Despedida


Quem conduz regularmente pelas estradas do Alto Alentejo e vai observando a paisagem, tem notado nos últimos tempos a sua progressiva mudança de cor. Esta semana então, foi por demais evidente: o verde está a dizer adeus e já se sentem na terra os passos firmes de Dom Verão, que como sempre teima em vir trajado de amarelo e dourado...