quinta-feira, 30 de junho de 2011

As Nossas Cebolas

Aprendi há pouco tempo que são um dos vegetais cultivados há mais tempo pela Humanidade e não me vou alongar sobre os seus benefícios, pois todos já ouvimos falar das suas propriedades curativas notáveis.
Acho que regrediria muito enquanto cozinheira se me privassem da cebola e do azeite...Que bom, tenho a sorte de produzir ambos em quantidade suficiente para consumo cá da casa!

Eu comprei o cebolo no mercado: cerca de 300 pés. Quando a rama secar, vou atá-las em réstias e por fim, hei-de cozinhá-las.
O Zé plantou o cebolo, regou, colheu-as e pô-las a secar.
É por isso que digo que são nossas!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Calças do Miguel

Estas são as primeiras duma colecção de cinco que tenciono fazer até meados de Julho, todas já com donos destinados.

(Parte de trás)

Trata-se um modelo de calças 2 em 1, i.e., calças reversíveis que, se a meio do dia se sujarem e precisarem de ser trocadas, podem simplesmente ser viradas do avesso e ficam instantaneamente limpas.
Fi-las só com dois tecidos (verde e laranja), mas pode ser-se mais atrevido (hei-de ser!) e jogar com mais cores, de forma a que do "lado de dentro" predomine uma cor diferente da do" lado de fora", o que permitará ter "duas calças diferentes" para combinar com várias camisolinhas...
Para as fazer segui um modelo do livro Handmade Beginnings de Anna Maria Horner, com diversos projectos em costura para os mais pequenotes. Todos os passos se encontram cuidadosamente explicados (em inglês) e fiquei muito contente no final, pois pelo menos a meu olho, ficaram perfeitinhas! :))

Estas vão direitinhas para Castelo Branco, onde vive o Miguel que brevemente fará um aninho de idade e como tal terá a sua primeira festa de aniversário!

Parabéns Miguel
Que vivas momentos alegres com estas calçinhas!


(Frente das calças)


domingo, 26 de junho de 2011

A banhos


Domingo sem tarefas de obrigação para cumprir e com previsão de 40ºC para o interior do país. Condições  reunidas para me dedicar à tarefa anual de dar banho aos cães... no alpendre e à mangueirada, pois então!

Claro que tiveram de ficar presos durante a sessão, caso contrário fugiriam à primeira chuveirada, tal é a antipatia que têm pelo acto, o que é inclusivé bem patente pela expressão (de desânimo) que põem!
O resto de champô de cão que cá havia não chegou para os três, portanto o último foi ensaboado com Dove Cream Shower, cujo cheiro o deve ter deixado ainda mais frustrado e revoltado...
E no final, para que ficasse bem claro que se opunham totalmente às minhas esfregadelas e ensaboadelas,  desataram a correr como loucos direito à terra para se rebolarem vigorosamente e ficarem completamente castanhos e empoeirados desde a cauda até à ponta do focinho!

Podem não ter gostado, mas pelo menos ficaram fresquinhos... e já lhes disse que para o ano há mais! 


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Tempo da Ceifa



E se a ceifa fosse feita em Abril ou Março?
Nem a erva  amadurecia, completando o seu ciclo, nem o homem tirava o devido proveito da sementeira.
Olhar estes campos recém-ceifados faz-me recordar uma frase que li ou ouvi algures: que há  um tempo para tudo ao cimo da Terra...
Por isso há-de ser grande a vantagem de quem sabe ler os sinais, e não se precipita, nem deixa as oportunidades passar em vão.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Elogio da Vida Simples


Nos últimos dias este tem sido o meu lanche: pão e figos.
Ao comer vou pensando em como é fácil habituarmo-nos a requintes e mordomias e cairmos no perigo de deixar de saber apreciar e reconhecer o valor daquilo que é simples e essencial.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Praia à Vista

Porque Junho avança a passos largos e as merecidas férias de Verão se aproximam, hoje mostro-vos dois sacos que fiz a pensar na praia.

Este é o primeiro. É um saco de tamanho médio/grande, que desenhei em função das pegas que  já tinha comprado.

Leva as toalhas, o protector solar, um livro, a garrafa de água e algumas sanduiches. O interior é forrado num tecido verde seco, com dois bolsos grandes feitos com os mesmos tecidos do exterior.
As pegas são em material plástico (mas que imita bem a madeira.)

É um saco com um ar étnico, pois fi-lo com tecidos africanos e com duas faces diferentes.



Dimensões do saco :  45cm(larg) x 50cm(alt) - Tamanho médio/grande

Preço: 30€

E este é o segundo.

Um saco de alças, aplicadas a um molde inspirado na forma de um vaso...e porque os vasos estão associados a flores, optei por um algodão florido para o confeccionar.
É de tamanho médio, com dois pequenos bolsos  por dentro e com o interior forrado.
Fecha com uma mola magnética.


Dimensões do saco:  35cm(larg)  x 40cm(alt)

Preço: 30 €

  • Ambos os sacos são peças únicas e foram feitos manualmente a partir de tecidos de algodão.
  • Laváveis na máquina a 30ºC em ciclo moderado.
  • Secar à sombra.
  • Envio via CTT.
  • Reservas, informações ou encomendas através de e-mail diasascores.heartmade@gmail.com

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sopa de Beldroegas


A terra fá-las renascer em Junho. Estendem-se sem pedir licença, por entre as fileiras das cebolas e das abóboras e seria um pecado não as aproveitar!

Uso-as no arroz, cruas nas saladas ou como verdura nas sopas de legumes; mas quando tenho pouco tempo elas dão imenso jeito porque  com 5 ingredientes e em 15 min. faço esta sopa:

(Receita para 2 pessoas)
Cortar às rodelas (tendencialmente finas) 2 batatas. Reservar.
Pôr algum azeite no fundo de um tacho e laminar uns 3 dentes de alho lá para dentro, deixando fritar ligeiramente. Adicionar as rodelas de batata no azeite para tomar o gosto (2/3 min.) e ir mexendo a fim de não pegar ao fundo. Temperar com sal e pimenta q.b.
Cobrir as batatas com água e, ao começar a ferver, juntar uma boa quantidade de beldroegas, baixando o lume para o mínimo. Coze em 10 min.
Cortar alguns cubinhos de queijo de cabra (meia cura) e juntar à sopa. Deixar repousar uns 5 min. antes de servir para que o caldo absorva o sabor do queijo.

Ouvi de passagem esta receita já há muitos anos, enquanto andava às compras no mercado semanal da Malveira. Quem a explicava, dizia que era assim que os Alentejanos faziam a sopa de beldroegas.
Fixei-a, experimentei-a e agora que cá estou, repito-a todos os Junhos!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O atelier


É daqui  de dentro que saem acabados e rematados os bonecos, os sacos, as mantas e as almofadas que vos tenho mostrado.
Esta pequena casa branca debruada a amarelo alentejano foi construída no ano passado. As pinturas interiores/exteriores e o tratamento das madeiras ficaram por nossa conta e foram a ocupação do Verão de 2010. 
Impunha-se um sítio onde eu pudesse ter os materiais organizados e à mão para trabalhar, pois já se acumulavam muitos tecidos em caixas de papelão e em sacos de plástico escondidos pelos mais diversos cantos da casa...Não é uma grande "fábrica", mas sinto-me muito bem quando aqui estou a trabalhar, sempre com uma telefonia sintonizada nalguma estação da  onda média...
Tenho uma mesa sempre livre só para costurar, uma estante e uma vitrine com os materiais essenciais...Claro que ter um espaço próprio e as condições básicas não garante sucessos, mas que dá uma grande ajuda, dá!

sábado, 4 de junho de 2011

Na Máquina do Tempo


Nesta Sexta-feira, graças a uma mão-cheia de professores "carolas", os alunos da Escola de Alter do Chão conseguiram um bilhete para entrar na máquina do tempo e viajar até à Idade Média.

 Aterraram no Castelo de Alter do Chão - que por si só justifica um post noutra ocasião- e lá, durante todo o dia, a aula foi diferente... O que viveram, decerto ficará para sempre nas suas memórias, sem necessidade de apontamentos ou de  grande estudo.

Dentro do portão do castelo havia de tudo um pouco.

Professores malabaristas,


...jogos tradicionais; venda de ervas aromáticas, de bolos e pão caseiro; breves encenações teatrais e danças medievais.


Enfim, com parcos recursos, mas com a habilidade e a paciência das mães e avós, transformaram-se lençóis e cortinados antigos em vestes, mais ou menos sumptuosas, consoante a classe social a representar.


Entre essas criações, descobri esta bolsa em serapilheira, que achei um mimo!...


...E eu própria, na véspera, a partir de umas figuras medievais que encontrei num livro, costurei uma touca branca e uma cinta castanha.
Juntei-lhe uma saia rodada com uma blusa branca e assim ficou engendrado um modelo da colecção Primavera/Verão...

...de 1311!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

All-Family Bags


No último post expressei o meu lamento pela dificuldade que penso que todas sentimos em ludibriar o correr do tempo para "conseguir fazer as nossas coisas"; no entanto o último fim de semana acabou por ser bastante produtivo. É que para além daquilo que é a rotina da vida no campo, deu para
  • ir a Évora frequentar um workshop e aprender a fazer patchwork embutido,
  • fazer uma panela de sopa,
  • corrigir duas turmas de testes e
  • costurar um conjunto de sacos de pano, um para cada membro da família.
Fiz o Saco do Pai, com um toque masculino dado pelo tecido de algodão riscado,



...o Saco da Mãe, em puro linho nacional, adornado com fitas às flores...



...e o Saco do Filho, em algodão estampado com figuras patuscas de animais da quinta.


Entre outras possíveis utilizações, são óptimos para escapadelas de fim de semana ou férias porque mantêm as peças de roupa mais pequenas organizadas dentro do saco ou da mala de viagem. Tenho dois que comprei há uma dúzia de anos e acho que vão durar a vida inteira!

Mas ainda há um quarto, também para levar em viagem, que pelo seu tamanho maior pode ser utilizado por mais que uma pessoa e que é indicado para guardar a roupa suja que se vai acumulando até ao regresso.




À escolha e disponíveis individualmente ou em conjunto, clicando aqui.